A aprovação, em 1° turno, nesta quarta-feira (13), do projeto de reforma administrativa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), fez crescer, nos corredores da Câmara Municipal, o entendimento de que o Executivo municipal poderá ter papel central na disputa pela presidência da Casa. Fuad já havia sinalizado a intenção de não interferir na questão, mas interlocutores apostam que o primeiro aval às mudanças na estrutura da prefeitura podem alterar o cenário.
A reforma, que tem como carro-chefe a criação de quatro novas secretarias municipais, foi aprovada por 35 votos a quatro. As manifestações contrárias foram de Braulio Lara e Fernanda Altoé, ambos do Novo, Flávia Borja (DC) e Cláudio Mundo Novo (PL). Conforme determina o regimento, o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (MDB), não votou. Houve uma ausência, de Marcela Trópia (Novo).
Para que o projeto seja aprovado em segundo turno, ainda há um caminho a ser percorrido. Nas próximas semanas, o texto-base será apreciado nas comissões, e a previsão é que em dezembro a reforma volte para o plenário em segundo turno, quando serão votadas as emendas e os destaques.
De acordo com Gabriel Azevedo, a Câmara não trabalha com uma data-limite para o encerramento do ano legislativo. “Caso seja necessário, vamos até 31 de dezembro”, disse o parlamentar.
O que muda com a reforma?
Se a reforma for aprovada em dois turnos, vão sair do papel as secretarias de Segurança Alimentar e Nutricional, Mobilidade Urbana, Administração Logística e Patrimonial e a Secretaria-Geral.
As mudanças na Prefeitura de BH passam, ainda, pela criação de duas novas coordenadorias. Uma delas, voltada a vilas e favelas; outra, ficaria responsável por tratar de questões relacionadas às mudanças climáticas.
O número de regionais também cresceria, porque o hipercentro ganharia um núcleo próprio de administração.