Mesmo preso, ex-prefeito que tramou assassinato de deputado mineiro seguiu com ameaças; veja o vídeo

João Caboclo foi encontrado após mais de uma década foragido. Ele foi condenado a 14 anos de reclusão por assassinato
Ex-prefeito de Tarumirim, João Correia da Silveira, conhecido como “João Caboclo”, preso depois de uma década foragido pela morte de outro político
Prisão foi feita pelo Gaeco de Ipatinga após denúncia anônima. (Foto: Reprodução)

A prisão não inibiu o ex-prefeito de Tarumirim, João Correia da Silveira, conhecido como “João Caboclo”, a seguir com as ameaças contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Durval Ângelo. Ao ser detido por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Ipatinga, após uma década foragido, João Caboclo fez duras críticas ao ex-deputado estadual, a quem chamou de vagabundo, e ao delegado Francisco Lemos.

Ele diz, ainda, que foi perseguido pelos dois, que estava sofrendo e que resolveria tudo de dentro da prisão. As ameaças foram registradas em um vídeo no momento em que o mandado de prisão foi cumprido em uma fazenda de Nova Brasilândia D’Oeste, em Rondônia.

O ex-prefeito estava foragido há uma década por ter sido o mandante do assassinato de outro político e por ter planejado assassinar o então deputado estadual Durval Ângelo, e o delegado Francisco Lemos. João Caboclo foi condenado a pena de 14 anos de reclusão em regime fechado, determinada pela Vara Criminal de Timóteo, por ser o mandante do assassinato de Oliveira de Paula, ocorrido em outubro de 2006. A vítima foi alvejada na varanda de sua casa, em Timóteo.

Após a prisão e divulgação do vídeo, o conselheiro do TCE Durval Ângelo fez uma nova representação contra o ex-prefeito.

Em setembro, João Caboclo será julgado por outro assassinato ocorrido em Bugre, na Região do Rio Doce. Ele também é suspeito de integrar uma rede de imigração ilegal para os Estados Unidos, onde as pessoas eram seduzidas com promessas de emprego, mas acabava extorquindo as vítimas.

Detalhes da Operação Caboclo

Agentes do Gaeco de Ipatinga, em conjunto com as polícias Militar, Civil, e Rodoviária Federal, fizeram a prisão do ex-prefeito em 29 de maio deste ano, após uma denúncia anônima sobre o paradeiro de João Caboclo. As informações indicavam que ele estaria morando em Rondônia há mais de uma década e com a utilização de documentos falsos.

Equipes do Gaeco de Minas Gerais deslocaram até Rondônia com o objetivo de checar as denúncias. Primeiro, os agentes foram até Presidente Médici e, em seguida, seguiram para a área rural de Nova Brasilândia D’Oeste, onde o alvo possui propriedades.

Por meio de imagens aéreas, as equipes conseguiram identificar o ex-prefeito no momento em que ele fazia o manejo de gado. O mandado de prisão foi cumprido na propriedade, onde também foi encontrada uma carteira de identidade falsa com a foto de João Caboclo.

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