O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) confirmou, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (20), que a assessora judiciária que aplicou um golpe de meio milhão no Estado usou um morador de rua para cometer o crime. O namorado da servidora estadual também participou do processo. Os três foram detidos na tarde de ontem.
O homem em situação de rua concordou em receber um valor considerado baixo para simular um falso câncer. A servidora articulou uma ação fraudulenta para obter a liberação de R$ 1,6 milhão para, supostamente, comprar medicamentos. R$ 656 mil já haviam sido depositados na conta de um dos investigados.
Entenda
A operação ‘Efeito Colateral’ contou com a participação de dois promotores de Justiça, oito agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 15 policiais militares e oito viaturas.
Foram cumpridos três mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão para arrecadar materiais ilícitos, objetos e instrumentos ligados às práticas criminosas.
— Tendo em vista o prejuízo gerado ao Estado de Minas Gerais, houve bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados — disse a MPMG, que confirmou que o casal comprou carros e celulares com o dinheiro.