O gabinete da presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) não foi previamente comunicado sobre a intenção do governo do estado de enviar, nesta quinta-feira (14), aos deputados estaduais, projetos sobre as privatizações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A informação foi confirmada a O Fator por fontes do Parlamento Mineiro.
O presidente Tadeu Martins Leite (MDB), inclusive, estava em agenda externa no momento da visita do vice-governador Mateus Simões (Novo) à Assembleia. Simões foi à sede do Legislativo com o objetivo de protocolar as propostas.
Segundo interlocutores, se soubesse com antecedência da ida de Simões à Assembleia nesta quinta, Tadeu estaria no prédio para recebê-lo.
O projeto da Cemig gira em torno da transformação da energética em uma corporation. O modelo permite a pulverização de ações da companhia, mas com o Executivo estadual tendo uma ação preferencial especial, a chamada golden share, que serviria para fazer valer, por exemplo, o poder de veto em decisões estratégicas.
A estatal de saneamento, por sua vez, poderia seguir dois caminhos de desestatização. Um, versa sobre a alienação total ou parcial da fatia do estado na participação societária da empresa. Outro, aborda uma possível “capitalização, mediante o aumento de capital, com renúncia ou cessão, total ou parcial, dos direitos de subscrição”.
Na visão de Mateus Simões, que exerce interinamente o posto de governador por causa de viagem internacional de Romeu Zema (Novo), os leilões das ações das duas estatais podem acontecer no segundo semestre do ano que vem.
A reportagem procurou Tadeu Leite para obter comentário a respeito do envio dos dois projetos. Em caso de resposta, este texto será atualizado.