Em um desdobramento polêmico que agita o cenário político de Arapuá, no Alto Paranaíba, Vone Gontijo de Oliveira, irmão do ex-prefeito e atual candidato da cidade, Vilson Gontijo, teve um mandado de prisão expedido em 29 de agosto, em pleno período de campanha eleitoral. Ele ainda não se entregou à polícia.
O caso remonta a um processo criminal iniciado em 2005, quando Vone foi acusado de tentativa de homicídio qualificado. O primeiro julgamento, realizado pelo Tribunal do Júri de Belo Horizonte em 13 de fevereiro de 2019, resultou em sua condenação a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado. Contudo, o primeiro júri foi posteriormente anulado devido a suspeitas de interferência do irmão, que era prefeito à época.
Após um novo julgamento, Vone foi novamente condenado. A sentença, que transitou em julgado, manteve a pena de 8 anos de reclusão pelo crime de tentativa de homicídio qualificado.
Recentemente, a defesa de Vone solicitou o cumprimento da pena em regime de prisão domiciliar, alegando problemas de saúde. O pedido foi analisado pelo Juiz Jessé Alcântara Soares, da Comarca de Rio Paranaíba, que o indeferiu em 23 de agosto de 2024. Na decisão, o magistrado argumentou que, apesar das condições médicas apresentadas, o tratamento adequado poderia ser fornecido dentro do estabelecimento prisional.
Como consequência, foi expedido um mandado de prisão contra Vone Gontijo de Oliveira, com validade até 23 de agosto de 2036. O documento, emitido em 29 de agosto de 2024, ordena que qualquer autoridade competente prenda e recolha o condenado a uma unidade prisional.
O timing da decisão judicial e a expedição do mandado de prisão, coincidindo com o período de campanha eleitoral, têm gerado especulações e tensões na política local. O irmão de Vone, ex-prefeito e atual candidato em Arapuá, enfrenta agora o desafio de lidar com as repercussões deste caso em sua campanha.