A disputa entre os vereadores Bruno Miranda (PDT) e Juliano Lopes (Podemos) pela presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) saiu da capital mineira e chegou a Brasília, com a entrada nas articulações do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB). O trio participa das negociações em favor do pedetista, que também é líder do governo Fuad Noman (PSD).
Além de contribuir para que a articulação política da segunda gestão de Fuad com a CMBH não “atravesse pedágios”, ao entrar na negociação Pacheco e Silveira medem forças com o grupo político do governador Romeu Zema (Novo), de quem podem ser rivais nas eleições de 2026.
Já a ministra Luciana Santos entrou nas negociações para garantir o voto do seu correligionário, vereador Edmar Branco (PCdoB), ao candidato apoiado por Fuad.
O secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), segue liderando a coordenação política da candidatura de Juliano Lopes. Nesta quinta (26), por exemplo, Aro, acompanhado de Juliano, se reuniu com os vereadores Diego Sanches (Solidariedade), Osvaldo Lopes (Republicanos), Uner Augusto (PL), Wagner Ferreira (PV) e Wanderley Porto (PRD).
Tendo apoiado o candidato derrotado a prefeito, Bruno Engler (PL), no 2º turno das eleições, Aro se antecipou nas articulações para a eleição da Mesa Diretora da CMBH, reunindo, no dia 28 de outubro, 23 vereadores em um jantar cujo “prato principal” era a eleição do seu candidato à presidência da Câmara.
Já a candidatura de Bruno Miranda só foi oficializada nesta terça (24). O pedetista, líder do governo Fuad, conseguiu aprovação com ampla vantagem para os principais projetos enviados pelo Poder Executivo para a Câmara.