Policial alvo da PF em MG abastecia influencers com ataques a políticos

Marcelo Araújo Bormevet foi preso preventivamente; ele já atuou cedido à Abin
Foto mostra viatura da PF
Operação desta quinta-feira (11) teve etapas em cinco cidades do país. Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (11), uma operação para desmontar uma organização apontada como responsável pelo monitoramento de autoridades e pela produção de notícias falsas a partir de informações obtidas por sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Uma etapa da operação acontece em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde o alvo, segundo apurou O Fator, foi o delegado da PF Marcelo Araújo Bormevet, preso preventivamente.

A suspeita é que Bormevet abastecia influenciadores com informações para atacar políticos inimigos da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Além de Juiz de Fora, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em Brasília (DF), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Curitiba (PR). 

Embora seja policial federal, Bormevet esteve cedido à Abin. Por isso, está na mira da operação, batizada de Última Milha. 

Segundo as investigações, o grupo responsável pela disseminação de informações falsas adotou estratégias como a criação de perfis fakes e o acesso ilegal a computadores e aparelhos telefônicos para monitoras pessoas.

Antecedentes

Bormevet é investigado, também, por atuação Abin paralela que teria sido montada durante o governo Bolsonaro. Há a suspeita de que ele tenha, ainda, atuado para atrapalhar as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por supostas “rachadinhas”.

Em abril, Bormevet compôs a lista de servidores da PF cedidos à Abin que tiveram processos disciplinares abertos pela Controladoria-Geral da União (CGU). Ele é suspeito de ter se ausentado do serviço por mais de 60 dias entre 2021 e 2022.

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