Valdemar exalta Renan Calheiros, mas se esquece que foi preso em seu mandato

Líder Nacional do PL exaltou o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, dizendo que o parlamentar não deixaria “abusos” de Alexandre de Moraes acontecerem
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, fala com a imprensa no Centro de Eventos e Convenções Brasil, em Brasília.
Presidente do PL mostrou insatisfação contra operação da PF que mira o deputado federal Alexandre Ramagem (FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, culpou o presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por não tomar “providências” contra operações da Polícia Federal (PF) autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ele também exaltou o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, dizendo que o parlamentar não deixaria as ações acontecerem. Mas, vale lembrar, que Valdemar foi preso, em 2013, justamente na época da presidência de Calheiros, acusado de fazer parte do mensalão do PT.

Valdemar foi condenado a sete anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2014, passou para a prisão domiciliar. Dois anos depois, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, concedeu perdão da pena.

A crítica de Valdemar acontece, nesta quinta-feira, dia em que agentes cumprem mandados de busca e apreensão contra o deputado Federal Alexandra Ramagem (PL). As investigações são contra suspeitos de participar de espionagens ilegais na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem comandou a Agência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Valdemar afirmou que a operação é “um absurdo” e representa uma perseguição de Alexandre de Moraes. Além disso, criticou Pacheco por não ter tomado providências. “Na época do Antônio Carlos (Magalhães), do Renan (Calheiros), isso jamais aconteceria. Somos um poder e não fomos respeitados”, comentou.

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