A Vale não respondeu se vai aceitar o convite da Comissão de Fiscalização de Barragens da Câmara para uma reunião sobre o impasse nas negociações de reconhecimento de dano morte das vítimas da mina de Brumadinho.
Como mostramos na quarta (19), a comissão aprovou o envio de um ofício aos presidentes da Vale e do conselho de administração da mineradora, pedindo essa reunião.
O presidente da Vale é Gustavo Pimenta, e Daniel André Stieler preside o conselho de administração.
O requerimento assinado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG) pediu uma reunião com os presidentes da Vale para “contribuir com a busca de solução conforme decisão da Justiça do Trabalho”, de preferência antes de 10 de março, data fixada para a mineradora apresentar uma nova proposta a ser apreciada em audiência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcada para 18 de março.
Em nota enviada nesta segunda (24) a O Fator, a Vale disse: “Cumprindo o compromisso de reparação dos danos causados, a Vale já firmou acordo com mais de 17 mil interessados, tendo pago mais de R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão no âmbito da Justiça do Trabalho. Em respeito aos familiares e ao Poder Judiciário, a Vale tem atendido às convocações para mediação conduzidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, de onde partiu a proposta em análise pela companhia, que se mostrou aberta ao diálogo”.
Quem ler o texto com atenção vai notar que a Vale não respondeu se vai ou não aceitar o convite dos deputados.
A barragem de Brumadinho estourou em janeiro de 2019, matando 272 pessoas.
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