Estou plagiando, confesso, o título de um evento que será realizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), justa e oportunamente na data da infame e frustrada tentativa de golpe de Estado, mas, ainda assim, um atentado inaceitável contra o Estado de Direito brasileiro.
“Um tributo à ordem jurídica e ao Regime Democrático”, diz o “lead” do evento, que terá como maior anfitrião o Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais, Dr. Jarbas Soares, a partir das 9hs da próxima segunda-feira, dia 8 de janeiro. É uma daquelas datas que todos se lembram – e se lembrarão – onde estavam.
Aqui e ali, ouço, sempre discordando, que a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) é indevida e injusta neste caso. Ouço, também, que as penas já imputadas aos golpistas criminosos são exageradas. Não só não concordo como apoio integralmente todos os atos e condenações da Suprema Corte até agora.
Por criticar tanto o ocorrido, inclusive antes, ou seja, desde o início dos movimentos antidemocráticos (ainda em 2019, pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, pregando e incentivando o fechamento do Congresso e do Supremo), fiz uma série de inimizades – que não me fazem falta alguma, aliás – e sofri na pele o ódio e as retaliações dos extremistas.
Há uma conhecida frase sobre o holocausto, que se tornou uma espécie de mantra de todos os judeus: “never more, never again”. Algo como: “nunca mais novamente”. Por óbvio, sem qualquer correlação ou comparação, ou mesmo correspondência fática, histórica ou qualquer outro aspecto, já que o genocídio dos judeus só é comparável em terror, talvez, à escravidão, aplaudo o chamamento do evento, qual seja, e repetindo, “8 de janeiro nunca mais”.
Parabéns, MPMG!