Minas Gerais ainda tem 38 barragens construídas a montante – mesmo tipo das estruturas de Mariana e Brumadinho. E, deste total, três delas estão em nível máximo de emergência, sendo duas da Vale e uma da ArcellorMital. O balanço foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais, nesta segunda-feira, quando se completam cinco anos da lei Mar de Lama Nunca Mais, que proibiu o alteamento das estruturas desta forma.
As estruturas em níveis críticos são: Forquilha III, em Ouro Preto; Sul Superior, em Barão de Cocais; ambas da Vale, e Barragem de Rejeitos, em Itatiaiuçu, de responsabilidade da ArcellorMital.
A legislação determinou a descaracterização deste tipo de barragem até fevereiro de 2022. Porém, o prazo não foi cumprido por nenhuma das mineradoras. Um novo acordo foi firmado com 18 mineradoras em fevereiro 2022, onde foi definido novo prazo para o fim dessas estruturas. Além disso, as empresas terão que pagar R$ 426 milhões a título de compensação.
A partir de agora, a população vai poder acompanhar de perto os trabalhos de descaracterização dessas barragens. Na segunda fase do projeto Desativando Bombas-Relógio, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), foi lançado um portal que vai trazer as informações sobre as estruturas 24 horas por dia.
Os moradores poderão ver, por exemplo, condições de seguranças de barragens, planos de ações emergenciais e a atualização sobre a descaracterização da estrutura.