Eleição do Sinduscon-MG mergulha em polêmica com irregularidades no registro de chapas

Atual presidente é acusado de não cumprir procedimentos cruciais previstos no regulamento
Indústria da Construção Civil aguarda eleições do sindicato. Foto: Banco de Imagens/Divulgação

A já conturbada eleição para a presidência do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) mergulhou em nova polêmica nesta quinta-feira (1º), com aparentes irregularidades no processo de registro das chapas concorrentes. O episódio mais recente adiciona mais tensão a um pleito que tem sido marcado por acusações de falta de transparência e favorecimento.

Segundo fontes ligadas ao processo, o atual presidente do Sinduscon não cumpriu procedimentos cruciais previstos no regulamento eleitoral do sindicato após o encerramento do prazo para inscrição das chapas:

  1. A ata de encerramento do prazo de registro, documento obrigatório segundo o artigo 15 do regulamento, não foi lavrada.
  2. Não há evidências de que o artigo 14, que prevê a recusa de chapas incompletas, tenha sido observado.

Além disso, pairam dúvidas sobre o registro de uma segunda chapa, uma vez que não há documentos disponíveis nem confirmação de sua inscrição dentro do prazo.

Histórico de controvérsias

Estas irregularidades são o mais recente capítulo de uma disputa sem precedentes na história do Sinduscon-MG. Nas últimas semanas, uma série de notificações enviadas à diretoria por associados, incluindo o candidato Raphael Lafetá, expôs preocupações significativas sobre diversos aspectos do pleito:

  1. Negativa de acesso à lista atualizada de empresas aptas a votar.
  2. Falta de comprovação do envio do aviso do edital aos associados.
  3. Questionamentos sobre os procedimentos da assembleia virtual.

Disputa acirrada

O atual presidente, Renato Ferreira Machado Michel, apoiará a candidatura do empresário Teodomiro Diniz Camargos após uma gestão marcada por polêmicas, incluindo uma controversa ação judicial contra a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Seu oponente, Raphael Lafetá, diretor de Relações Institucionais da MRV, apresenta-se como uma alternativa para pacificar o setor.

Implicações para o futuro

Com a eleição marcada para 26 de agosto, cresce a preocupação sobre a legitimidade do pleito e suas possíveis consequências para o futuro do setor da construção civil em Minas Gerais.

O Sinduscon-MG, que representa centenas de empresas da indústria da construção civil, enfrenta agora o desafio de restaurar a confiança em seus processos internos.

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