Minas prepara novo aporte em linha de crédito voltada a cafeicultores

Injeção acontece após ano com recordes na exportação do grão produzido no estado
Foto mostra produção de café
Setor cafeeiro de Minas bateu recordes em 2024. Foto: Emater-MG/Divulgação

O governo de Minas Gerais e o Banco de Desenvolvimento do estado (BDMG) vão aumentar, em R$ 96 milhões, o valor destinado ao Funcafé, linha de crédito voltada aos cafeicultores que atuam no estado. A informação foi obtida por O Fator com interlocutores a par do tema.

Com o incremento, a linha Funcafé terá R$ 330 milhões disponibilizados para a safra 2024/2025. Os recursos poderão ser solicitados para comercialização, compra e venda de capital de giro na safra.

A ideia é que cooperativas, empresas e produtores possam acessar os recursos. 

Considerando outras frentes de operação, o BDMG disponibilizou R$ 1,4 bilhão em créditos para o setor cafeeiro na atual safra. O valor é 15% superior às cifras injetadas na safra 2023/2024. À ocasião, o banco aportou R$ 1,23 bilhão.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, confirmou o novo aporte.

“Precisamos reformar o parque cafeeiro e fortalecer essa cadeia, muito importante para Minas, gerando renda e emprego”, apontou. “Mais uma vez, somos o estado que mais utiliza o Funcafé. Isso, para nós, é muito importante para o crescimento da cadeia (cafeeira)”, completou.

O presidente do BDMG, Gabriel Viegas Neto, também confirmou a decisão. “Acompanhamos a realidade dos cafeicultores e, certamente, esse é um crédito que vai contribuir para que eles sejam ainda mais competitivos no mercado e estejam preparados para enfrentar os desafios de 2025”, disse.

Receita bilionária

O investimento nos produtores de café está baseado em dados do governo estadual. Segundo o Palácio Tiradentes, a exportação de café gerou receita de US$ 7,9 bilhões no ano passado. O valor representa 46% dos US$ 17,1 bilhões comercializados pelo agronegócio mineiro.

Embora os produtores de Minas tenham produzido 28,1 milhões de sacas do grão no ano passado, 31 milhões de sacas foram enviadas ao exterior. O excedente comercializado foi retirado dos estoques do setor.

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