O Ministério da Saúde não tem compromisso de comprar mais doses da Qdenga, a vacina contra a dengue da japonesa Takeda, para 2026.
Na terça (25), em evento no Planalto, a ainda ministra Nísia Trindade anunciou acordo com o Butantan e a chinesa WuXi Biologics para produzir 60 milhões de doses por ano de uma nova vacina contra a dengue.
A Butantan-DV será aplicada em dose única. O Butantan pediu em dezembro à Anvisa o registro da vacina, que ainda não veio. Os ensaios clínicos foram encerrados em junho de 2024.
A Qdenga é aplicada em duas doses.
A Takeda disse a O Fator ter entregue 6,6 milhões de doses em 2024, com o compromisso de entregar mais 9 milhões até o fim deste ano.
Um painel do Ministério da Saúde mostra que a pasta distribuiu 6,3 milhões de doses no ano passado, e outras 500 mil neste ano – ou seja, 6,8 milhões ao todo.
Foram aplicadas até hoje 4,5 milhões de doses, apenas 66% do que foi distribuído.
Apenas 1,4 milhão de pessoas tomaram a 2ª dose.
Em Minas Gerais foram entregues quase 500 mil doses ao todo. Só 397 mil – 79% – foram aplicadas, sendo que apenas 96 mil pessoas tomaram a 2ª dose.
O ministério reiterou ter comprado “todo o estoque disponível da vacina contra a dengue produzido pelo laboratório fornecedor”.
A pasta acrescentou que “busca contar com mais de um fornecedor para garantir o abastecimento do país”, mas não respondeu se vai comprar mais doses da Qdenga para chegada em 2026.
A Takeda disse acreditar que “o combate à dengue exige a coexistência de diferentes vacinas para atender à demanda”.
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