O que Pacheco e Álvaro Damião conversaram em Brasília

Nos últimos três meses, a disputa entre os grupos de Fuad e Damião vem sendo apontada como um entrave na tomada de decisões
Pacheco
Pacheco foi responsável por levar o União Brasil para a aliança em torno da candidatura do hoje prefeito licenciado, Fuad Noman (PSD). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) recebeu, na última segunda-feira (17), em Brasília, o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil). O encontro estava previsto desde janeiro, mas aliados do senador solicitaram a Damião que aguardasse até o começo de março, quando Pacheco retornaria de um período de férias no exterior, para retomar as conversas.

Pacheco foi responsável por levar o União Brasil para a aliança em torno da candidatura do hoje prefeito licenciado, Fuad Noman (PSD), que resultou na escolha do nome de Damião para o lugar de vice na chapa. Fontes ligadas ao Executivo municipal informaram a O Fator que o encontro, ocorrido na casa do senador, durou mais de uma hora. Na conversa, o prefeito em exercício antecipou ao senador possíveis mudanças que anunciará, nas próximas semanas, dentro do secretariado, principalmente em pastas diretamente ligadas ao prefeito.

Pacheco classificou como “legítimas” as propostas de Damião, mas ponderou sobre o possível retorno de Fuad ao comando do Executivo, nos próximos 15 dias, conforme previsões médicas. Na prática, pediu um pouco mais de tempo. Caso as previsões não se confirmem, o senador avaliou como “naturais” as mudanças pontuais no Executivo. Nos últimos três meses, uma disputa por espaço entre os grupos de Fuad e Damião vem sendo apontada como um entrave na tomada de decisões.

Pacheco é tido como o nome com condições de mediar esses embates internos e acelerar o processo de negociações com partidos, vereadores e suplentes. A primeira reunião entre Pacheco e Damião ocorreu em um momento em que aliados do senador iniciam um processo de convencimento junto ao parlamentar de olho em 2026.

A candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais já foi publicamente defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia do grupo político em torno do senador é mostrar que Pacheco possui viabilidade eleitoral para competir com nomes como o do vice-governador Mateus Simões (Novo) e o de seu colega de Senado Cleitinho (Republicanos).

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