Por que aliados de Zema tentam tirar Bruno Engler de posto-chave na CCJ da Assembleia

Mudança é vista como importante para destravar análise de projeto que mexe na estrutura do Ipsemg
O deputado Bruno Engler, durante audiência na CCJ da Assembleia
Bruno Engler deve disputar a Prefeitura de BH em outubro deste ano. Foto: Guilherme Bergamini/ALMG

Aliados do governador Romeu Zema (Novo) tentam convencer o deputado estadual Bruno Engler, do PL, a deixar a vice-presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A mudança é vista como uma saída para permitir o avanço, no Parlamento, do projeto de lei que mexe no piso e no teto das contribuições do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

A CCJ é a primeira comissão a analisar todos os projetos enviados à Assembleia. Nas últimas três reuniões do colegiado, o texto a respeito do Ipsemg foi retirado de pauta. A eventual entrada de um parlamentar mais alinhado a Zema no posto que hoje é de Engler poderia, na visão de entusiastas da substituição, destravar a análise da proposta na CCJ.

Na semana passada, Engler não participou das duas reuniões da CCJ convocadas para analisar o projeto do Ipsemg. O presidente da comissão, Arnaldo Silva (União Brasil), também não marcou presença. 

Com as faltas, a presidência foi exercida interinamente por Doutor Jean Freire (PT), o mais velho entre os parlamentares da comissão. Integrante da oposição, que defende alterações na proposta sobre o Ipsemg, Freire, então, optou por adiar a votação do projeto no comitê.

Apesar da tentativa de mudança na vice-presidência da CCJ, interlocutores ouvidos por O Fator não acreditam, neste momento, em um aval de Engler à ideia. O deputado, vale lembrar, é pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o Regimento Interno da Assembleia, quando um deputado solicita a saída de uma comissão, é substituído por um colega que pertence ao mesmo bloco parlamentar. Há, ainda, a prerrogativa de abrir mão da presidência ou da vice-presidência de um comitê e, ainda assim, permanecer no colegiado. 

Em qualquer um dos cenários, por ter maioria na CCJ, a base governista conseguiria emplacar um vice-presidente de orientação pró-Zema.

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