Brasil ‘amarela’ na OEA e se abstém de pedir boletins da Venezuela

Delegação se absteve em projeto de resolução que pedia o mesmo que o Itamaraty dois dias antes
Embaixador Benoni Belli do Brasil na OEA
Embaixador Benoni Belli, do Brasil, na OEA: recuo do governo. Reprodução/OEA/YouTube

A delegação do Brasil se absteve nesta quarta (31) de votar em projeto de resolução da OEA que pedia a publicação dos boletins de urna da Venezuela – posição que o Itamaraty defendia dois dias antes.

O projeto pedia ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para “publicar imediatamente os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada seção eleitoral, o que é um passo essencial”.

É exatamente o que Celso Amorim e o Itamaraty pediam na segunda (29) – “publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável (…)”.

Apesar da linguagem nesse trecho ser idêntica ao seu position paper, o Brasil se absteve.

O projeto teve 17 votos a favor, zero contra, 11 abstenções (incluindo a do Brasil) e cinco ausências (a Venezuela está há anos fora da OEA e não conta), e foi reprovado. Pela Carta da OEA, decisões assim exigem maioria simples dos membros, ou seja, bastaria um voto a mais para o texto passar.

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