Justiça autoriza apreensão de apartamento de Itair Machado, ex-dirigente do Cruzeiro

Clube havia pedido que imóvel fosse usado para ressarcir possível dano aos cofres da instituição
Com o arresto autorizado, o apartamento fica indisponível para venda ou transferência, garantindo eventual ressarcimento ao Cruzeiro caso a ação seja julgada procedente. Foto: Divulgação/Cruzeiro
Com o arresto autorizado, o apartamento fica indisponível para venda ou transferência, garantindo eventual ressarcimento ao Cruzeiro caso a ação seja julgada procedente. Foto: Divulgação/Cruzeiro

O juiz Mauricio Leitão Linhares, da 35ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou nesta quarta-feira (18) o arresto, ou seja, a apreensão de um apartamento de luxo pertencente ao ex-diretor do Cruzeiro Itair Machado. A decisão atende a um pedido do clube no âmbito de uma ação de ressarcimento movida contra Itair, Wagner Antônio Pires de Sá, ex-presidente, e Marina de Sousa Visacro Machado.

Com o arresto autorizado, o apartamento fica indisponível para venda ou transferência, garantindo eventual ressarcimento ao Cruzeiro caso a ação seja julgada procedente

O Cruzeiro, representado pelos advogados Marcos Lincoln Padilha, Silvio Mendes Arruda e João Vitor Oliveira, acusa os ex-dirigentes de terem desviado R$ 6.861.243,06 dos cofres do clube durante a gestão de Wagner Pires de Sá. Segundo a ação, o dinheiro teria sido transferido para uma empresa em nome de Itair Machado e Marina de Sousa.

Imóvel de alto padrão

O imóvel alvo do arresto é um apartamento no Edifício Chatêau Margaux, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Embora esteja registrado em nome da construtora, há indícios de que pertença a Itair Machado e sua esposa Marina. A decisão judicial permitirá que o Cruzeiro averbe o arresto na matrícula do imóvel.

Investigação criminal

A decisão do juiz Linhares levou em conta uma investigação da Polícia Civil que apontou possível simulação na aquisição do apartamento. Segundo o relatório policial, os valores para a compra do imóvel teriam sido repassados por meio de um negócio simulado envolvendo Cristiano Richard dos Santos Machado, que teria vínculos com empréstimos feitos ao Cruzeiro.

O processo segue agora para a fase de audiência entre as partes. A decisão representa mais um capítulo na crise financeira e administrativa que atingiu o Cruzeiro nos últimos anos, levando o clube ao rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2019.

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