Os bastidores da tensa reunião sobre a sucessão de Jarbas Soares Júnior no MPMG

Apoio do atual procurador-geral a Carlos André Mariani não foi bem aceito por outros integrantes da entidade e gerou dissonância
Carlos André Mariani e Jarbas Soares Júnior
Jarbas Soares decidiu apoiar Carlos André Mariani (esq.) no MPMG. Foto: Elizabete Guimarães/ALMG

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, anunciou, na noite de terça-feira (1º), que vai apoiar o nome do procurador Carlos André Mariani Bittencourt como seu sucessor no cargo. O Fator apurou que a reunião em que Jarbas comunicou a decisão a colegas foi tensa.

Ao anunciar a escolha por Mariani, Jarbas afirmou aos colegas que o nome do procurador contava com bom apoio interno no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Assim que Jarbas oficializou o apoio a Mariani, um promotor ligado a Paulo de Tarso, chefe de gabinete do procurador-geral e aspirante ao cargo de Jarbas, criticou a decisão de forma ostensiva e deixou a sala que abrigava a reunião.

Na sequência, o próprio Paulo de Tarso tomou a palavra, disse não concordar com a decisão, entregou o cargo de chefe de gabinete e abandonou a reunião.

Mariani tomou a palavra pedindo união e explicando que conversou com Jarbas sobre o cenário do MPMG. Logo depois, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, que também era cotado para uma candidatura, pregou que a instituição precisa se aglutinar e declarou apoiar a candidatura única.

Mariani já foi procurador-geral de Justiça de Minas entre 2014 e 2016. A oposição ao grupo de Jarbas vai lançar a candidatura do procurador Marcos Tofani.

A eleição da lista tríplice acontecerá em novembro, com a decisão final sendo de Zema.

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