Acho que nasci empreendedor. Sério. Tenho memórias de, ainda no berço, planejar minha relação com minha mãe. Um sorrisinho aqui, um leitinho ali, um beijinho cá, um bainho quentinho acolá, hehe. Afinal, mesmo o amor incondicional entre pais e filhos é, em alguma medida, uma relação de troca.
Adolescente, comprava e vendia tudo o que podia. Albuns, figurinhas, limonada, discos usados. Com 17 anos comecei a trabalhar em um banco, mas não durei um ano. Dali para a carreira de executivo comercial, em uma multinacional alemã, foi um pulo. Depois, abri meu primeiro negócio, participei societariamente em tantos outros e cá estou.
NOVA EMPREITADA
A comunicação me laçou de forma arrebatadora. Há pouco mais de 8 anos me tornei blogueiro, depois o colunista mais lido do Estado de Minas e Portal UAI, repetindo o mesmo sucesso na revista e site da Istoé. Passei pela Rádio Itatiaia e hoje estou na Rede 98 e na revista Encontro, além, é claro, neste O Fator.
Por que o currículo acima? Bem, para dizer – aproveitando para fazer propaganda de mim mesmo – que apesar de textos costumeiramente agressivos, recebi apenas dois processos nesse tempo todo. Aliás, ser processado pela petista Gleisi Hoffmann e pela bolsonarista Carla Zambelli diz muito sobre mim, o que penso e desejo para meu País.
DURO, SIM. DESONESTO, NUNCA
Jamais menti a respeito de algo ou alguém. Jamais ofendi a honra, acusei sem provas ou adjetivei uma pessoa (física ou jurídica) sem estar 200% amparado em fatos e documentos. Opinião é uma coisa. Ofensa é outra. Calúnia e difamação, também. Gleisi me processou por sentir-se ofendida: não foi. Zambelli, idem. A verdade sempre estará ao meu lado.
Por isso li, com extrema satisfação a decisão judicial que obrigou a retratação do engenheiro ambiental Felipe Correia de Souza Pereira Gomes por acusações infundadas à Federação das Indústrias de Minas Gerais. Em tempo: textos meus – ácidos como de costume – com críticas à Fiemg, há diversos. Um “Google” e lá os encontrarão.
ENCERRO
Alvo de uma queixa-crime, o ofensor teve de engolir as acusações mentirosas e reconhecer publicamente que não há crimes cometidos pela Fiemg e Semad (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), ao contrário do que bradou em audiência pública no Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental).
O desconforto do agora assumidamente mentiroso e réu confesso era patente ao ler a nota em que se retrata das acusações. Tal cena (vídeo abaixo), para mim é bálsamo, pois não apenas faz justiça com os ofendidos como me confere ainda mais legitimidade para, à minha maneira e modo, mas sempre dentro da ética e das leis, continuar meu trabalho como observador e crítico da cena política mineira.
QUEM É FELIPE GOMES
Ambientalista e “ativista climático”, é ligado à deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) e teve o nome citado em documentos que foram entregues à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Ongs, no Senado Federal, por suposto envolvimento em captação ilegal de recursos públicos para empresas privadas.
“De acordo com documentos obtidos em cartórios de títulos e repartições públicas do Rio de Janeiro, Gomes pode ter feito uso de cargos públicos e de sua militância ambiental para captar recursos para uma de suas empresas, a Methanum Engenharia Ambiental”, segundo trecho de matéria do UAI em agosto último.
Ainda na mesma matéria, informa o Portal: “as informações mostram que o engenheiro se aliou a parceiros bilionários e assinou acordos na casa das dezenas de milhões de reais com a União por meio de entidades como o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.
Em sua defesa, escreveu, à época: “com a Methanum, empresa que tenho muito orgulho de ter sido sócio, captei milhões de reais para pesquisa e inovação, os quais geraram patentes, livros, publicações, empregos. Todas as prestações de contas dos projetos foram aprovadas por agências financiadoras”