A hora dos ruminantes never ends; e Lula sabe disso

Essa gente (lulismo e bolsonarismo) precisa um do outro, pois alimenta-se do ódio que difunde
Lula ataca Bolsonaro para estancar queda de popularidade
Lula ataca Bolsonaro para estancar queda de popularidade (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dividir para conquistar é uma tática quase tão antiga quanto andar para frente. Facínoras, ditadores e populistas mundo afora, historicamente, usam e abusam do truque, infelizmente, ainda de fácil aceitação e apelo popular. Em pleno século 21, os bípedes viventes dotados de consciência ainda não aprenderam a se livrar da armadilha pueril.

Esquerda, direita, centro, não importam as ideologias. Extremistas, moderados, idem. Se há disputa política, haverá cisão. Maior ou menor, pacífica ou violenta, de cima para baixo, ou o inverso, a conquista do Poder passa pela discórdia e desunião do grupo disputado. Quanto mais civilizada a sociedade, seus representantes e o debate, menos pior o resultado.

INÍCIO

Lula da Silva inaugurou o odiento “nós x eles” em 2002 e o praticou à exaustão e perfeição dali em diante. Não à toa ter parido o “bebê de Rosemary” (os mais novos pesquisem para entender), que atende por “mito”. Pior. Pariu e vem ressuscitando, se não a peste em pessoa, seu espírito, assim como ocorreu consigo mesmo (foi ressuscitado por Bolsonaro).

Essa gente (Lula e Bolsonaro) precisa um do outro, pois alimenta-se do ódio que difunde – para lá de justificado, diga-se de passagem. Donald Trump, o bufão alaranjado, ressurge vigoroso com um discurso ainda mais perigoso e agressivo nos EUA, chamando imigrantes trabalhadores de “animais selvagens, drogados, estupradores” e outras aberrações.

MEIO

Trump não pensa assim, evidentemente. Ou melhor, até pensa um pouco. Mas ao se comportar como uma espécie de Hitler da Era Moderna (no sentido higienista), confirma a condição de líder dos bárbaros (em alguma medida) e de opositor ao que seria o oposto, no caso, Joe Biden, como se de fato suas falas representassem a realidade.

Bolsonaro e o bolsonarismo não passam um dia sem atacar o lulopetismo e difundir, além de verdades incômodas, mentiras grotescas. Não passam um dia sem reduzir problemas crônicos e complexos a uma mera incapacidade ou leniência do atual governo (ainda que muita coisa resulte disso mesmo). E o fazem com extrema simplificação e virulência.

FIM (?)

Por quê? Bem, porque há método aí. Além do “dividir para conquistar”, há também o bom e velho “acuse-o do que você é e faz”. E obviamente, o troco vem a galope. Lula, PT e satélites de esquerda respondem à altura, quando não raro disparam o primeiro petardo. Vivem em perfeito mutualismo, alimentando-se das presas fáceis (bestas-feras).

“Não teve coragem de executar o que planejou, ficou dentro de casa, aqui no Palácio, chorando quase um mês e preferiu fugir para os Estados Unidos. E não teve golpe porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”.

JAMAIS

Eis aí a fala do Rei Lula 3, na reunião ministerial em que pediu mais empenho dos ministros por causa da queda da sua popularidade. A “alma mais honesta deff paíff” acha que a culpa de sua crescente rejeição é de sua equipe, e não dele mesmo por falar coisas assim, e outras, em favor de ditadores, terroristas e afins, ou pelas ofensas ao empresariado.

Lula chama o “mercado” de “dinossauro voraz, responsável pela fome das crianças pobres”, adula Maduro e Putin, defende o Hamas e ataca Israel, mete a mão grande na Petrobras e na Vale, mas tenta culpar os ministros pela queda de popularidade. Como não será suficiente, já parte para o óbvio e ataca Bolsonaro. E irá funcionar. Sempre funciona.

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