Justiça pede que PBH se manifeste em processo do MP que acusa Kalil de nepotismo

Promotores afirmam que ex-prefeito agiu ilegalmente ao nomear ex-namorada e irmão dela na prefeitura
Kalil ainda não encontrou um nome para lançar como candidato em BH
O MPMG pede a condenação dos réus ao pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração recebida e a proibição de contratar com o poder público por até 4 anos. Foto: Divulgação

A 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública de Belo Horizonte quer ouvir o que a Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação Municipal de Parques e Zoobotânica têm a dizer sobre a ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o ex-prefeito Alexandre Kalil que acusa o empresário de ter cometido nepotismo ao nomear o irmão de uma ex-namorada, e a própria ex-namorada, em cargos da fundação na época em que comandava o Executivo municipal. A decisão é do juiz Wauner Machado e foi feita na tarde da última quinta-feira (1º).

A ação, proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), alega prática de nepotismo na nomeação de Marcelo Amarante, irmão de uma ex-namorada de Kalil, para cargo comissionado na Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica em 2020.

Na decisão, o magistrado acolheu parcialmente as preliminares apresentadas pela defesa, determinando que o município e a fundação sejam intimados para, se desejarem, intervir no processo no prazo de 10 dias. Esta medida atende ao disposto no artigo 17, §14 da Lei de Improbidade Administrativa.

O MPMG pede a condenação dos réus ao pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração recebida e a proibição de contratar com o poder público por até 4 anos.

A ação alega que Kalil, enquanto prefeito, nomeou Fernanda Amarante, com quem teve um relacionamento entre 2011 e 2012, para cargo em seu gabinete em 2017. Posteriormente, em 2020, nomeou o irmão dela, Marcelo Amarante, para cargo na Fundação de Parques.

A propósito, os dois foram exonerados da PBH na semana passada logo depois que Kalil anunciou o apoio à candidatura de Mauro Tramonte (Republicanos).

As defesas de Kalil e Amarante negam as acusações, alegando atipicidade da conduta e ausência de dolo. O processo segue em andamento na justiça mineira.

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