Pelo menos quatro grupos políticos disputam o controle do diretório do DC em Belo Horizonte para emplacar candidatos aliados à Câmara da capital. O presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido), é um deles, além do secretário de Casa Civil de Minas, Marcelo Aro, a equipe próxima do prefeito Fuad Noman (PSD) de um quarto grupo ligado ao governo Zema.
Há uma demanda gigantesca de vereadores com mandato e outros aliados que serão candidatos mas ainda não conseguiram um partido para disputar. Gabriel busca uma casa partidária para Henrique Braga, de saída do PSDB, Irlan Melo, Jorge Santos, Cleiton Xavier, Ramon Bibiano, Gilson Guimarães e Loíde. No grupo ligado ao presidente da Casa, já estão com a vida resolvida os vereadores Bispo Fernando e Ciro Pereira, certos no Republicanos, e Sérgio Fernando, acertando entre o PL ou Solidariedade. Os três vereadores do Novo continuarão no partido.
Além da tentativa junto ao DC, Gabriel tem duas cartas na manga: o PRTB, que acertou a parceria com o presidente da Casa há alguns meses, e o MDB, que tem conversas avançadas e deve lançar Gabriel à PBH.
Já o secretário Marcelo Aro tem atuado para colocar Professora Marli, Juliano Lopes, Wesley Moreira, Flávia Borja, Rubão, Wilsinho da Tabu, Marcos Crispim e José Ferreira. Atualmente, só Cláudio do Mundo Novo está com a vida resolvida e certo no PL.
Aro, hoje, tem o comando do Podemos – sua aliada de primeira hora, a deputada federal Nely Aquino, é a presidente estadual da legenda – e do PMN. A propósito, o filho de Nely, Christian, será candidato.
A distribuição dos aliados pelos partidos é a grande questão: por conta dos cálculos de quociente eleitoral, não dá para, simplesmente, colocar todos em uma mesma chapa partidária. Aro é conhecido por ser um habilidoso montador de chapas mas, por agora, há um déficit de partidos dispostos a fornecer vagas.
A propósito, no grupo mais próximo do prefeito Fuad, ainda há dois vereadores sem espaço para disputar a reeleição: Reinaldo Gomes e César Gordin.