Depois de semanas de tensão e conflito no final de 2023, entre acusações mútuas, ações judiciais e até inquérito policial, o processo que prometia cassar o mandato do presidente da Câmara de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), caminha para ser encerrado de forma apagada e até constrangedora. Tanto o vereador Miltinho CGE (PDT), autor do pedido de cassação, quanto o próprio Gabriel abriram mão das testemunhas que seriam interrogadas pela Comissão Processante que analisa o caso e não planejam dar mais visibilidade à história.
Nesta quinta (22), a sessão do colegiado destinada a questionar e ouvir Gabriel durou exatos quatro minutos. Ainda no plenarinho em que a comissão é instalada, o próprio advogado de Miltinho afirmou que continuar com o processo não faz sentido. Ou seja, todo mundo perdeu tempo.
Situação delicada deve estar o relator da comissão, Wanderley Porto (PRD): como a comissão não conseguiu ouvir nenhuma testemunha do caso e agora tem seus dois principais envolvidos promovendo um cessar-fogo, vai restar pouco – ou quase nada – para produzir um relatório com qualquer decisão, seja ela arquivar o caso ou dar sinal verde para a cassação em plenário.