Cassado pelo TSE nesta terça-feira (12), o agora ex-vereador César Gordin (Solidariedade) acabou prejudicado por uma situação partidária que, em condições normais, não o atingiria. A cassação ocorreu porque Gordin disputou a eleição de 2020 pelo PROS, partido que, segundo o MP e agora o TSE, cometeu fraude ao inventar candidaturas fictícias de mulheres para burlar a legislação eleitoral, que prevê um número mínimo de candidatas nas chapas.
Só que, na avaliação de interlocutores, Gordin seria eleito vereador naquela eleição se o suposto esquema fraudulento não tivesse existido. O ex-presidente da Galoucura teve apenas 120 votos a menos que o vereador Wesley Moreira (PP), único eleito pelo PROS naquele pleito e que, segundo a investigação do MP, foi favorecido por seis candidaturas femininas que eram ligadas a ele. Gordin acabou ficando como primeiro suplente e só assumiu o mandato em março do ano passado, com a cassação da chapa do PRTB – também por candidaturas fictícias de mulheres.
Para os interlocutores, se não tivessem existido as candidaturas laranjas, Gordin teria sido o mais votado da chapa e, naturalmente, teria assumido mandato já em 2021 e sem o risco de cassação.