Interlocutores do União Brasil e até de outros grupos políticos têm atuado, nos últimos dias, para evitar que o atrito interno no partido, que gerou o afastamento do então presidente nacional Luciano Bivar, cause consequências drásticas no diretório mineiro.
Pelo que O Fator apurou, o novo presidente da legenda, Antônio Rueda, teria afirmado que pode fazer intervenções em diretórios comandados por pessoas “próximas” a Bivar. Seria, supostamente, o caso do diretório mineiro, comandado desde 2020 pelo deputado federal Delegado Marcelo Freitas.
Freitas é visto dentro do partido como uma pessoa próxima a Bivar, embora não tenha atuado na atual briga interna. O Fator apurou que, desde a semana passada, interlocutores têm conversado com Rueda com o objetivo de evitar que o diretório mineiro passe por algum trauma gerado pela disputa nacional – no caso, impedir que os problemas de Brasília sejam refletidos em Minas.
Uma das alternativas seria a mudança do comando do União de forma consensual, sem a necessidade de uma intervenção direta da nacional. Outra possibilidade seria isolar Freitas de qualquer “suspeita” de apoio a Bivar na disputa nacional.
O União Brasil, hoje, tem uma das maiores bancadas do Congresso, com 59 deputados federais e uma potência Brasil afora, com 592 prefeitos. Em ano de eleição, o comando do diretório estadual é importantíssimo para articulações e acordos para a disputa nas urnas – afinal, os interlocutores precisam saber com quem negociar.