O ex-ministro Anderson Adauto assinou, na tarde desta quarta-feira (15), um acordo para deixar de responder a três ações por improbidade administrativa na Justiça estadual. Ao todo, Adauto e dois empresários também réus nas ações vão pagar cerca de R$ 1,2 milhão, destinados aos cofres do município de Uberaba, para encerrar os processos – em dois, ele já havia sido condenado.
O acordo envolve apenas questões de ordem patrimonial, não tratando das sanções de suspensão de direitos políticos aplicadas em Adauto nas duas ações já transitadas em julgado. Quanto à discussão a respeito dos direitos políticos, o ex-ministro necessitará levar a questão a Justiça Eleitoral – só com uma decisão favorável no TRE mineiro é que Adauto saberá se conseguirá ou não se candidatar em Uberaba.
A propósito, foi justamente durante um de seus mandatos como prefeito de Uberaba, entre 2005 e 2008, que as três ações – e duas condenações – surgiram. Na primeira, foi acusada de irregularidades na contratação de uma empresa de publicidade. Na outra, foi acusado de promoção pessoal custeado por dinheiro público. Na terceira ação, foi processado por supostos ilícitos na realização de um concurso público.
Segundo o MPMG, que participou da construção e assinatura do acordo, Adauto e os empresários vão pagar R$ 1,2 milhão em parcelas – e com valores corrigidos – ao longo de quatro anos. O promotor responsável pelo acordo, José Carlos Fernandes Jr, também era o responsável pelas ações ingressadas contra o ex-ministro e os empresários.
Além de prefeito de Uberaba, Anderson Adauto atuou como ministro dos Transportes no primeiro governo Lula e foi presidente da Assembleia no início do século. No final de 2022, após não conseguir se candidatar a deputado mas atuar como um dos coordenadores da campanha do ex-prefeito Alexandre Kalil ao governo de Minas, Adauto chegou a ser cotado para um cargo na Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Acabou não conseguindo.