Boa parte da cúpula do Novo em Minas já abriu mão da possibilidade de lançar a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, como candidata à Prefeitura de Belo Horizonte. A principal discussão dentro do partido, agora, é qual rumo tomar na eleição da capital, e grupos internos defendem apoios distintos – e todos já pensando em 2026.
Uma ala do Novo enxerga que a opção mais adequada seria apoiar o deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação deste grupo interno, um aceno aos bolsonaristas serviria para fortalecer uma aliança que vir a calhar em 2026, quando Romeu Zema, talvez, decida por ser candidato ao Planalto – e teria, assim, um ingrediente a mais para articular por um endosso de Bolsonaro.
Em sentido contrário, dentro do partido também há quem aposte que o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) seja o melhor caminho para o Novo. Parlamentar da base de Zema na Assembleia e sem polêmicas no currículo, o nome seria uma opção segura para descolar o partido de radicalismos e, mesmo assim, mantê-lo como uma oposição à esquerda.
A propósito, não é só dentro do Novo que acontecem conversas para o rumo do partido na eleição. O secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro, também tem atuado para levar o apoio do governador à candidatura do senador Carlos Viana (Podemos). Viana permaneceu no Podemos, partido que, em Minas, é comandado pela deputada federal Nely Aquino – aliada de primeira hora de Aro.
Seja qual for a opção do Novo, é provável o partido queira indicar a própria Luísa Barreto como vice de um dos nomes. Até por isso, é esperado que ela deixe a secretaria de Planejamento e Gestão no fim deste mês, prazo final para a descompatibilização de cargos públicos para quem vai ser candidato.