A opinião de Fuad Noman sobre uma eventual ‘frente ampla’ do centro à esquerda em BH

Prefeito diz que conversas com Lula são sobre reivindicações de BH e não passam por apoio na eleição municipal
Lula Fuad
Fuad diz ainda não ter conversado com Lula sobre apoio na eleição de outubro. Foto: Redes Sociais/Reprodução

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), não acredita na formação de uma frente ampla do centro à esquerda na eleição municipal deste ano. Durante café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (7), Fuad afirmou crer que as legendas à esquerda trabalharão por uma candidatura própria desse espectro político. Ele disse, ainda, não ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre uma eventual união.

“Não vejo, hoje, uma caminhada da esquerda em direção ao centro. Acho que terão candidato e vão lutar (por essa candidatura)”, assinalou.

O PT e o Psol, que apresentaram as pré-candidaturas do deputado federal Rogério Correia e da deputada estadual Bella Gonçalves, respectivamente, caminham para uma união já no primeiro turno

Paralelamente, Lula tem dito que é preciso aglutinar o máximo possível de forças políticas em torno de uma só chapa — o presidente alimenta a ideia de emular a “frente ampla” que lhe deu a vitória em 2022, com o objetivo de impedir a vitória do deputado estadual Bruno Engler (PL), aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não vejo como eles possam dar uma guinada totalmente ao centro para chegar e somar com a gente”, apontou Fuad, ao ser perguntado sobre a hipótese de liderar uma ampla coalizão do centro à esquerda.

Apoio sem compromisso

No segundo turno da eleição de 2022, Fuad declarou apoio a Lula. Segundo ele, o gesto não foi pautado pela expectativa de reciprocidade futura. 

“Estive várias vezes com o presidente Lula – em todas as vezes tratamos de Belo Horizonte”, garantiu.

Ainda segundo Fuad, além das pautas belo-horizontinas, um outro tema costuma ser tópico das conversas com Lula: seus tradicionais suspensórios, classificados como um item de vestuário “elegante” pelo presidente.

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