Lideranças de Minas Gerais em Brasília (DF) têm manifestado descontentamento com a postura do governador Romeu Zema (Novo) diante do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), visto como saída para refinanciar a dívida do estado com a União. A avaliação é que Zema não tem dado a mesma atenção à proposta que os governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. As duas unidades federativas também têm débitos com o governo federal.
Como O Fator já mostrou, Castro é uma das principais vozes favoráveis à aprovação da proposta, apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O governador fluminense chegou, inclusive, a se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para defender agilidade na tramitação do texto.
O Rio de Janeiro, inclusive, recebeu a relatoria da proposta por meio de Doutor Luizinho (PP). Antes, parlamentares mineiros, como Zé Silva (Solidariedade), chegaram a manifestar a intenção de assumir a tarefa.
Já no caso de Goiás, Ronaldo Caiado aproveitou um encontro com deputados federais do estado nessa quinta-feira (5) para pedir votos a favor do texto.
Em que pese a pouca movimentação nos bastidores, o governo Zema tem, publicamente, citado o Propag. O governo mineiro tem a intenção de aderir ao programa, que tem a federalização de ativos como pilar, assim que o texto for regulamentado. Enquanto isso não acontece, o Palácio Tiradentes segue as diretrizes do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).