Quem é o alvo da operação da PF em BH contra desvios na Lei de Incentivo ao Esporte

Ex-coordenador do Ministério do Esporte foi alvo de busca e apreensão
Kellyson Salgado atuou no Ministério do Esporte no governo Michel Temer. Foto: Divulgação/ALMG
Kellyson Salgado atuou no Ministério do Esporte no governo Michel Temer. Foto: Divulgação/ALMG

O ex-coordenador geral da Lei de Incentivo do Ministério do Esporte, Kellyson Salgado Gomes, é o principal alvo da operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga um esquema de desvio de recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, nesta segunda-feira (30).

Gomes é de Belo Horizonte e sua empresa, a Rede Incentive, é sediada no Centro da capital, assim como todas as ONGs investigadas. Ele ocupou o cargo no governo federal entre 2017 e 2019, tendo sido exonerada em janeiro daquele ano.

O mandado é de busca e apreensão e Gomes teve o celular levado pelos investigadores.

Fair Play

A Operação Fair Play consiste em cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, bloqueios dos ativos financeiros dos investigados, no limite de quase R$ 180 milhões, bem como o impedimento de as entidades investigadas obterem novas autorizações para execução de projetos esportivos. O trabalho conta com a participação de oito auditores da CGU e 45 policiais federais

As investigações começaram após denúncia e incluíram a análise de documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos – quatro sediadas em Belo Horizonte (MG) e uma em São Paulo (SP). As apurações da CGU e da Polícia Federal revelaram indícios de que as contratações estavam sendo direcionadas para prestadores de serviço e fornecedores relacionados aos dirigentes das entidades investigadas.

Segundo a CGU, o esquema envolvia a apresentação de projetos esportivos superfaturados ou fictícios para captar recursos via Lei de Incentivo ao Esporte. Os valores desviados eram então direcionados para empresas ligadas a Gomes e seus associados. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos ultrapasse R$ 10 milhões.

O desvio comprometeu o financiamento de iniciativas esportivas importantes, prejudicando atletas e competições amadoras.

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