Governo rebate omissão na discussão da dívida de MG

Hoje, a dívida de Minas com a União e com instituições financeiras que têm a União como garantidora é de R$ 161,92 bilhões
Fachada da Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, localizada no Bairro Serra Verde, em Belo Horizonte
Segundo o relatório, a dívida consolidada do estado alcançou R$ 185,308 bilhões no segundo quadrimestre de 2024. (FOTO: Gil Leonardi / Imprensa MG)

O avanço na negociação do Rio Grande do Sul, com relação à dívida do estado junto à União, vem repercutindo bastante em Minas Gerais. Técnicos gaúchos encontraram interpretação equivocada das regras de correção do passivo, adotada desde 2015, que gerou um incremento de R$ 12 bilhões em um total de R$ 92 bi.

O Governo de Minas, por meio de nota, informou que a proposta de recálculo da dívida com a União não é um movimento articulado exclusivamente por um estado, e,se avançar, traria uma redução de cerca R$ 19 bilhões no débito mineiro.

“Exatamente por se tratar de um tema de interesse coletivo, o pedido de aplicação de novas regras de indexação à dívida foi elaborado em conjunto pelos sete estados que fazem parte do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud)”, explicou o Governo de Minas.

Fazem parte do grupo, além de Minas e o Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. O Executivo Estadual afirma que essa mudança da metodologia de indexação da dívida vem sendo discutida desde outubro  do ano passado.

A proposta do Consud é que o cálculo de correção das dívidas dos estados deve ser feito mensalmente, levando-se em conta o IPCA+4% ou a Taxa Selic, sempre prevalecendo o que for menor. Desde 2013, em função da Lei Complementar 178, o cálculo é feito de forma acumulada.

“Segundo a Subsecretaria do Tesouro Estadual de Minas Gerais, caso a mudança na metodologia seja aceita pelo Ministério da Fazenda, isso representará um abatimento imediato de cerca de R$ 19 bilhões no saldo devedor”, diz o Governo de Minas.

Hoje, a dívida de Minas com a União e com instituições financeiras que têm a União como garantidora é de R$ 161,92 bilhões.

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