A comunicação confusa, envolvendo os projetos para a redução dos juros das dívidas dos Estados com a União, anunciado nesta terça (26) pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, e o de federalização das estatais mineiras, capitaneado por Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, gerou certa dor de cabeça a governadores e interlocutores no Congresso Nacional, motivando o senador mineiro a agendar reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ainda nesta quarta (27), com a presença de líderes do governo.
Pelo projeto de Haddad, investimentos estaduais na área da Educação deverão servir como redutores de parte dos juros das dívidas estaduais, o que pouco tem a ver com a proposta defendida por Pacheco, sobre o valor principal destas dívidas. No texto em estudo pelo senador, estatais mineiras poderiam ser federalizadas como forma de pagamento da dívida, hoje próxima de R$ 160 bilhões.
Na reunião de terça, inclusive, Pacheco chegou a citar nominalmente a federalização da Cemig e da Codemig, deixando a Copasa de lado. O Fator apurou, também, que o projeto do presidente do Senado irá propor o fim do cálculo de juros da forma que é feito atualmente.
Em resumo, o projeto de Pacheco em nada deve “competir” com o que o Ministério da Economia pretende apresentar.