De olho na privatização da Sabesp, mercado financeiro sonda presidente da Copasa

Processo de desestatização da empresa paulista avança e interlocutores de bancos e investidores consultam Guilherme Duarte
Duarte preside a Copasa desde junho de 2022
Duarte preside a Copasa desde junho de 2022. Foto: Divulgação/ALMG

O avanço do processo de privatização da Sabesp pode acarretar em mudanças em Minas. O Fator apurou que bancos e interlocutores do mercado financeiro têm sondado e consultado o presidente da Copasa, Guilherme Duarte, para integrar a futura equipe da companhia paulista pós desestatização.

Até o momento, pelo que a reportagem soube, não houve convite formal, mas sondagens foram realizadas. Duarte preside a Copasa desde junho de 2022.

A privatização da empresa mineira é uma das bandeiras e ideias da equipe do governador Romeu Zema, no entanto, o processo em Minas nunca chegou a ser iniciado. O projeto de privatização da Copasa, a propósito, até está pronto desde o meio de 2023 no Executivo, mas nunca chegou a ser enviado à Assembleia por conta da dificuldade em formar uma base de deputados dispostos a aprovar o texto.

Aliás, e dificilmente a privatização mineira vai andar em 2024. No primeiro semestre, a prioridade número 1 do presidente da Casa, o deputado Tadeu Martins Leite (MDB), é dar uma solução à dívida do Estado com a União. Pro segundo semestre, com as eleições municipais movimentando o mundo político, dificilmente sobrará tempo para alguma discussão mais técnica e arrojada na Assembleia.

Enquanto isso, em São Paulo, o governo Tarcísio (Republicanos) já conseguiu aprovar e promulgar o projeto que autoriza a desestatização da empresa paulista. E na última semana, a Câmara Municipal da capital paulista aprovou texto que garante o contrato de prestação de serviços da Sabesp ao município – a cidade de São Paulo representa praticamente metade do faturamento da empresa. Sem esse projeto, dificilmente a privatização da Sabesp seria viabilizada no mercado.

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