Zema pede a Lula nova reunião para tratar da repactuação de Mariana e dívidas

Presidente havia sinalizado que receberia governador após viagens internacionais
Na avaliação de interlocutores do Planalto, o debate sobre a dívida do Estado só foi iniciado depois que Pacheco apresentou a proposta, sendo que Zema teria, nos últimos cinco anos, mesmo com Bolsonaro na presidência, não atuando no tema.
Na avaliação de interlocutores do Planalto, o debate sobre a dívida do Estado só foi iniciado depois que Pacheco apresentou a proposta, sendo que Zema teria, nos últimos cinco anos, mesmo com Bolsonaro na presidência, não atuando no tema.

O governador Romeu Zema pediu ao presidente Lula, na noite desta quarta-feira (28), por meio de ofício, uma nova reunião para tratar sobre a negociação da repactuação do acordo de Mariana, que visa reparar os danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em 2015.

No encontro entre Zema e Lula em BH, antes do carnaval, o presidente pontuou que agendaria a conversa para quando retornasse ao Brasil após viagens internacionais. Lula chega a Brasília neste fim de semana.

As conversas entre Minas, Espírito Santo e União com as empresas Vale, BHP e Samarco estão “paradas” desde que as mineradoras rejeitaram as propostas feitas pelos entes públicos para a reparação – e nem apresentaram contra-propostas que chegassem perto dos R$ 100 bilhões pedidos pelos governos.

No início do mês, prefeitos da região do Rio Doce, atingidos pelo rompimento da barragem, fizeram um apelo para que Zema e Lula liderasse de vez as negociações. Interlocutores apontaram que, de fato, quem está sentado hoje nas cadeiras da negociação não tem mais forças para demonstrar e negociar com as empresas.

No mesmo documento, Zema também pontuou que a reunião poderia tratar, ainda, sobre as conversas para renegociar a dívida de Minas com a União.

O encontro entre o governador mineiro e o presidente da República pegou muitos interlocutores de surpresa. Até o início de fevereiro, a relação era considerada péssima – e de fato continua muito ruim, mas o encontro cordial entre os dois em Belo Horizonte passou a ser considerado como um chute inicial para a construção de diálogo mínimo. A ver, agora, como o Planalto responderá ao pedido.

Até aqui, a maior parte da interlocução entre o governo federal e assuntos de Minas tem sido feita – por parte de Lula – com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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