Chefe da diplomacia de Trump define América Latina como prioridade

Marco Rubio definiu doutrina como ‘Américas primeiro’ – no plural
Marco Rubio em entrevista com Megyn Kelly
Marco Rubio: as Américas primeiro. Foto: Freddie Everett/Departamento de Estado

O secretário de Estado Marco Rubio, chefe da diplomacia americana, publicou artigo nesta sexta (31) no Wall Street Journal definindo a América Latina como prioridade da política externa.

O título do texto é “Uma Política Externa Américas Primeiro”, no plural – referência ao slogan de Trump America First, “A América [os Estados Unidos] Primeiro”.

“Por várias razões, a política externa dos EUA tem se concentrado há muito tempo em outras regiões enquanto negligenciava a nossa [as Américas]. Como resultado, deixamos problemas se agravarem, perdemos oportunidades e negligenciamos parceiros. Isso acaba agora”, escreveu Rubio.

O foco nas Américas é consequência da prioridade que o segundo governo Trump deu à imigração.

“Precisamos trabalhar com os países de origem para interromper e impedir novos fluxos de migrantes e para aceitarem o retorno de seus cidadãos presentes ilegalmente nos EUA”, acrescentou o secretário.

Rubio quer que o recente recuo do presidente da Colômbia sirva de exemplo para outros líderes da região.

“Alguns países estão cooperando conosco com entusiasmo – outros, nem tanto. Os primeiros serão recompensados. Quanto aos últimos, o Presidente Trump já demonstrou que está mais do que disposto a usar a considerável influência dos Estados Unidos para proteger nossos interesses. Basta perguntar ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro”.

Rubio começa neste sábado (1º) uma viagem de seis dias a cinco países: Panamá, El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana.

“A Covid expôs a fragilidade da dependência dos Estados Unidos em cadeias de suprimentos distantes. Realocar nas Américas nossas cadeias de suprimentos críticas abriria caminho para o crescimento econômico de nossos vizinhos e protegeria a própria segurança econômica dos americanos”, escreveu o secretário.

Marco Rubio também destacou o decreto de Trump classificando cartéis mexicanos e uma facção da Venezuela como terroristas. E chamou os governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela de “regimes ilegítimos”.

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