Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Minas Gerais decidiram entrar em greve geral a partir do dia 1º de julho. A decisão, tomada após assembleia na última sexta (14), foi motivada pela insatisfação com a proposta do governo federal, que impacta negativamente as carreiras desses profissionais.
Impactos na carreira e evasão de novos servidores
De acordo com Cecilia Barreto, Vice-Presidente da Asibama MG, a proposta do governo prejudica os níveis iniciais da carreira e prolonga a trajetória profissional, tornando-a menos atrativa, especialmente para os novos servidores. Esse descontentamento já levou 25% dos novos concursados do Ibama a abandonarem a carreira desde 2022. Além disso, o governo insistiu na quebra de acordos anteriores, afetando parte dos servidores, incluindo os do Programa de Estabilidade de Carreiras do Meio Ambiente (Pecma).
Impactos na proteção ambiental
A proposta é considerada extremamente prejudicial para a missão institucional de proteção do meio ambiente, fragilizando e desqualificando o trabalho desses órgãos. Durante a greve, as superintendências, unidades técnicas, Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), gerências regionais, Centros de Conservação e Unidades de Conservação terão atendimento ao público prejudicado, com serviços restritos aos essenciais e um percentual mínimo de servidores ainda a ser definido.
Adesão em outros estados
Além de Minas Gerais, outros 15 estados também aprovaram a greve, evidenciando a insatisfação generalizada dos servidores ambientais com a proposta do governo federal. A mobilização visa pressionar por melhores condições de trabalho e valorização das carreiras, essenciais para a efetiva proteção do meio ambiente no país.