Em Divinópolis, irmão de Cleitinho enfrenta grave crise e teme por reeleição

Superlotação de leitos, morte de criança e mudança na UPA estão entre os problemas  
Irmão do senador Cleitinho e prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo enfrenta grave crise na Saúde
Irmão do senador Cleitinho e prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo enfrenta grave crise na Saúde (Foto: Redes Sociais/Reprodução)

O irmão do senador Cleitinho (Republicanos), Gleidson Azevedo (Novo), vem enfrentando uma grave crise na Saúde do município e já teme perder uma reeleição praticamente “garantida” em Divinópolis, maior cidade do Centro-Oeste mineiro. 

Antes inabalável, a popularidade do chefe do executivo municipal despencou nas últimas semanas. Na contramão, o principal nome da oposição, a pré-candidata Laiz Soares (PSD) vem crescendo em diversos pontos estratégicos da cidade. 

A queda do atual prefeito está ligada ao caos na Saúde da cidade. O município decretou situação de emergência e confirmou que irá trocar a gestão da UPA.

TRAGÉDIA

A situação se agravou bastante no mês passado, quando a taxa de ocupação dos leitos infantis da UPA ultrapassou 300%. Além disso, 21 crianças aguardavam vaga hospitalar e outras cinco se encontravam em observação. Uma delas, infelizmente, perdeu a vida no dia 26 de abril. Thallya Beatriz tinha apenas quatro anos. 

A Prefeitura informou que a criança teve um quadro convulsivo. No entanto, a família contesta a versão e afirma que houve negligência no atendimento: “Minha filha chegou com dor na perna e foi parar em um caixão. Eles fizeram muito pouco caso dela e com as outras crianças”, disse Juliana da Silva, mãe de Thallya. 

Gleidson realizou uma coletiva para explicar o caso e pediu que outros políticos não utilizem a morte de Thallya de forma eleitoreira. Minutos depois, entretanto, usou o espaço para anunciar sua pré-candidatura a prefeito e chamou a oposição de “nojenta”. 

MUDANÇA

O caos na Saúde provocou mudanças na UPA de Divinópolis. A Prefeitura anunciou que o CIS-URG Oeste, responsável pelo SAMU, assumirá a unidade. O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), atual gestor, tem contrato até 2027 e criticou o posicionamento do prefeito. 

“A gestão não pode levar toda a responsabilidade se a Prefeitura falha na falta de prevenção na atenção primária e ausência de leitos. Mudar a gestão pelas redes sociais é fácil e, claro, não irá mudar o cenário real da saúde”, afirmou o órgão em nota oficial.

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