Píncaros da hipocrisia: que vergonha, deputadas Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves

Na tarde desta quinta-feira (7), véspera do Dia Internacional da Mulher, um ataque inadmissível a três trabalhadoras
A Comissão de Administração Pública debateu a regulamentação da caução ambiental pelo Executivo
Deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL) conduziram a reunião na Comissão de Administração Pública (FOTO: Daniel Protzner / ALMG)

Reza a lenda que “de onde você menos espera… é de onde não sai nada mesmo”, hehe. Brincadeiras à parte, na boa, certas pessoas não decepcionam nunca. Refiro-me, especificamente, às duas deputadas de extrema esquerda citadas no título desta coluna. Isso mesmo; extrema esquerda! E quem diz não sou eu, mas o histórico destas duas senhoras em suas longas carreiras políticas, onde brigas, ofensas, greves oportunistas e truculência (física e verbal) são abundantes e a forma predileta de se “fazer política”.

Beatriz Cerqueira é velha conhecida deste palpiteiro profissional. Certa vez, com seu costumeiro espírito autoritário, a valente manteve em uma espécie de cárcere privado dois rapazes do Movimento Brasil Livre (MBL), em seu gabinete na ALMG. À época, escrevi uma coluna a respeito no Estado de Minas, anexei o boletim de ocorrência e dei publicidade ao fato. Ela não gostou, claro. Não sei como terminou o episódio no âmbito judicial, porque no legislativo, vergonhosamente, resultou em nada. O velho espírito de corpo entrou em ação.

Ano passado, ao denunciar mais uma de suas incoerências, no caso, relacionada ao piso nacional dos professores, onde demonstrei cabalmente que estava errada, a “democrata” distorceu de forma asquerosa um comentário meu e atirou seus bate-paus contra mim, acusando-me de ser responsável pelo ódio que resultou em um assassinato brutal, por um lunático homicida, em uma creche do interior do Paraná. Chamei-a de mentirosa publicamente e a desafiei a provar o contrário. Como não o fez, para mim, mentirosa, no mínimo, ela é.

BELLA GONÇALVES

Com essa, meu histórico é curto e recente. E “soft” para nossos padrões. Ela ficou chateada por eu ter lhe cobrado embasamento técnico a respeito de uma fala eleitoreira. Era sobre gratuidade de ônibus no carnaval de BH. Essa turma de populistas é assim: propõe gratuidade para tudo, com o dinheiro dos outros, claro, já que não existe almoço grátis, salvo para quem vive às custas do trabalho alheio. Daí, quando alguém cobra dados e justificativas plausíveis, na ausência destas, ou ficam de mimimi ou partem para o pau.

Mas Bella possui um currículo invejável. Beatriz – Bia para os íntimos – se torna uma ultraliberal perto dela. E aqui não há crítica de minha parte, já que gosto e bumbum cada um tem o seu. Trata-se tão somente de uma observação, digamos, atenta. Uma rápida olhada em suas redes sociais, principalmente em pautas ligadas ao MST e “direitos” das mulheres (entre aspas, porque sem aspas, sou um guerreiro da causa), dá uma amostra do seu perfil, deixe-me ver, pouco conciliador, se é que me entendem a sutileza.

HIPOCRISIA EXPLÍCITA

Na tarde desta quinta-feira (7), véspera, portanto, do Dia Internacional da Mulher – um beijo para as mulheres da minha vida, inclusive para as que se foram, mas que jamais deixarão de ser minhas amadas -, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), presidida justamente por Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves, a respeito de reparações de mineradoras por danos ao meio ambiente, parte dos presentes, notadamente representantes da iniciativa privada, ou seja, o “tipo de gente” que a extrema esquerda odeia (salvo na hora de achacar impostos), foi não apenas impedida de se manifestar, mas agredida de forma violenta pela militância presente.

Para piorar, dentre os agredidos, três agredidas, que só não sofreram violência física, por parte de um sedizente ambientalista, por conta da intervenção da Polícia Legislativa. Porém, foram xingadas de “vagabundas” e outros adjetivos costumeiramente utilizados por intolerantes raivosos que só admitem e reconhecem o outro se for “um igual”. Tudo sob os olhares silenciosos e cúmplices das duas deputadas, que não apenas não intervieram e não se manifestaram, como nem ao menos expulsaram o selvagem do local. Sabem como é, né? Mulher só deve ser protegida se fizer o L. Do contrário é tiro, porrada e bomba. Ou: “fogo nos racistas”. 

ENCERRO

Para Beatriz e Bella, um homem violento que parte para cima de trabalhadoras – sim, mulheres que estavam no local a trabalho, e não em busca de “cortes para TikTok”- merece ter presença e voz em suas audiências públicas (serão públicas mesmo ou “pero no mucho”?), mas representantes legítimos de entidades de classe e da sociedade civil organizada, não. A estes, ou melhor, estas, ofensas e tapas na cara. Eis o duplo padrão moral, tão costumeiro dessa gente que adora – como é mesmo? – “acusar os outros do que fazem e chamá-los do que são”.

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