Quem é o empreendedor brasileiro?

Foto: Agência Brasil

O empreendedor brasileiro é um herói cotidiano, que enfrenta desafios gigantescos para construir uma vida melhor para si e para sua comunidade. Em um país tão diverso e pobre como o nosso, o ato de empreender é uma das poucas formas de ascensão social e de realização pessoal. E é justamente na liberdade de empreender que reside a força transformadora de nossa sociedade.

Vamos aos dados:

  • Raça: 52% dos empreendedores brasileiros são pretos ou pardos. Esse dado é significativo porque mostra que o empreendedorismo é um caminho escolhido por aqueles que, historicamente, enfrentaram mais barreiras para acessar oportunidades econômicas e sociais.
  • Gênero: Embora os homens ainda sejam maioria (61%), as mulheres representam 39% dos empreendedores, enfrentando desafios únicos, como menor acesso a redes de contato e financiamento.
  • Escolaridade: 45,1% dos empreendedores pretos ou pardos têm apenas o ensino fundamental, o que ressalta a importância de políticas públicas que incentivem a educação empreendedora e o desenvolvimento de habilidades.
  • Renda: 77,6% dos empreendedores negros ganham até dois salários mínimos por mês, mostrando que o empreendedorismo é, muitas vezes, uma questão de sobrevivência.

É indispensável que políticas públicas sejam direcionadas para desburocratizar e facilitar o ambiente de negócios. A liberdade econômica deve ser o norte de qualquer governo que pretende promover o crescimento sustentável e inclusivo. Menos impostos, menos burocracia, e mais incentivos são os ingredientes para que os empreendedores possam prosperar, gerando empregos e riquezas que beneficiam a sociedade como um todo. É preciso lembrar que o Estado deve servir como facilitador, e não como um empecilho ao desenvolvimento dos pequenos e médios negócios, que são os maiores geradores de emprego no Brasil.

Lembro de uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, que trouxe uma surpresa inesperada para os idealizadores. Ao entrevistarem moradores das periferias de São Paulo, descobriram que a crença no Estado como provedor de serviços essenciais estava em queda livre. Em vez disso, os entrevistados expressaram uma fé renovada no empreendedorismo como caminho para transformar suas vidas. Muitos desses moradores, embora trabalhadores, se viam mais próximos de seus “patrões” do que de um Estado que consideram distante e ineficaz. Para eles, o patrão não é o inimigo; pelo contrário, é alguém que, assim como eles, luta para sobreviver e prosperar em um ambiente hostil.

Defender a liberdade individual para empreender é, em suma, defender a própria essência do ser humano: a capacidade de sonhar, arriscar e construir algo de valor, mesmo quando tudo parece conspirar contra. Essa é a realidade de milhões de brasileiros que, apesar das dificuldades, seguem firmes em seu propósito de alcançar um futuro melhor para si e para os seus.

É essencial que todos os empreendedores, desde o pequeno vendedor de bairro até o dono de uma startup, sejam reconhecidos por sua importância na economia. No entanto, quando não estão formalizados, muitos são impedidos de crescer, contratar funcionários e contribuir de forma ainda mais significativa para o desenvolvimento do país. E isso ocorre porque o Estado impõe barreiras desnecessárias, como tributações pesadas e um emaranhado burocrático que sufoca a iniciativa privada. Precisamos de um Brasil onde empreender seja uma escolha natural, sem medo das garras de um governo que mais atrapalha do que ajuda.

É preciso que reconheçamos e valorizemos a importância de oportunizar que todos possam empreender livremente. O Estado, com suas ideologias, muitas vezes tenta limitar essa liberdade, impondo barreiras e criando obstáculos desnecessários. Mas a realidade nos mostra que, quando o governo falha – e ele falha frequentemente – é o empreendedor que se ergue, que toma as rédeas do próprio destino e que, com suor e determinação, constrói uma vida melhor para si e para os outros. Não podemos permitir que essa chama seja apagada; pelo contrário, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que ela brilhe ainda mais forte. O Brasil precisa de empreendedores livres, não de um Estado que tenta controlar suas vidas.

O Brasil precisa urgentemente adotar políticas que promovam a liberdade econômica e desburocratização, garantindo que o empreendedorismo possa florescer. Somente assim poderemos ver nossa sociedade prosperar de forma justa e inclusiva, onde todos, independentemente de sua origem, tenham a oportunidade de transformar seus sonhos em realidade.

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